28 de agosto de 2010

It Never Ends

"Nestas linhas quero escrever o que está se passando aqui por dentro.
Não quero, desta vez, sair contando. Quero experimentar um pouco a descoberta de sentir calada, de não ser "descoberta". Do silêncio.
Mas é inevitável não escrever. Sabe, se não posso falar, escrevo, pois sinto de forma tão arrebatadora, quente e sincera. Sou tão à flor da pele que uma hora, mais cedo ou mais tarde, transborda a ponto de eu não conseguir segurar, que dessa vez, então, eu desabafe com a folha.
Quero dizer, o que você acha de mim afinal? Poderia dizer? Você conseguiria?
Você mesmo que só conseguiu me ver de longe, mas nunca quis tentar conversar comigo, me conhecer, era perda de tempo.
Ou você que me causa frio na barriga e sonhos intermináveis todas as noites. Sem falar dos constantes pensamentos durante o dia.
Logo você, o que poderia dizer?
A minha vontade é não depender mais do que os outros pensam a meu respeito. Queria não poder sentir essa agonia. Mas nem toda vontade pode ser saciada, estou aprendendo isso. Tenho de aprender.
Mas da vontade vem o querer e do querer vem o sonhar. E sonhar meu bem, não arranca pedaço, não se cria uma ilusão. Sonhar nos da força para que, antes de tudo, comecemos a pensar, a cuidar de nós mesmos. "Seja agradável e os outros se aproximarão" é verdade, e eu demorei a perceber isso. Demorei mesmo.
Mas eu ainda tenho 18 anos! E mesmo se eu tivesse 80 eu ainda poderia sonhar."

It Never Ends - Iris Medeiros da Fonceca. 28 de Agosto de 2010

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CLUBE DA ESQUINA N°2
Márcio Borges

Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem se lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, asso, asso
Asso, asso, asso, asso, asso, asso
Porque se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogênios
Ficam calmos, calmos
Calmos, calmos, calmos
E lá se vai mais um dia
E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração na curva
De um rio, rio, rio, rio, rio
E lá se vai...
E lá se vai...
E o rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio-fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente, gente
Gente, gente, gente, gente, gente

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5 comentários:

jonas... disse...

oq eu axo de vc?
Vc é uma das melhores pessoas q eu conheso,meiga e gentio e te adoro

Andriw Lóqui disse...

Ahhh, que texto massa Iris, ja ta meio chato, mas não canso de dizer, estás escrevendo cada vez melhor. *-*
E bom, o que penso de ti, acho que ja falei algumas vezes, não creio que tenha necessidade de dizer novamente.
Mas meus parabéns mesmo, de verdade, muito bom!
E concordo contigo, que não importa a idade, sempre vale sonhar, ja que não custa nada mesmo
;*** (L)

Adhriano Xavier disse...

Como é suave sua forma de desabafar com as linhas...*-*

Jono disse...

Incrível. Creio que essa seja a melhor palavra pra descrever.
Primeira vez que eu clico naquele "Próximo Blog" ali em cima e já acho uma escritora tão boa. q
 
Fazia tempo que não via tanta eloquência numa pessoa só.
(Deu até uma invejinha. :P)
 
Enfim, parabéns.

Iarima disse...

Nossa Iris... acho que é a primeira vez que leio o teu blog, acho. Muito bom.. sério!! adorei o teu texto, já tinha lido alguns textos teus, mas esse ai.. muito bom mesmo, não sabia que tu escrevia tão bem